YOU CAN RUN, BUT YOU CAN'T HIDE II

Sempre aconteceu... vou engolir em seco.

Tá bonita a brincadeira!
Cuecas de nylon,
o mundo girou
e quando a música parou,
cuecas de nylon.
já não tinha cadeira.
Tou fora de jogo.
Cuecas de nylon,
cuecas de nylon.

A onça e o amigo

Já estou bom da cabeça. Tinha uma lesão, nada importante. Foi só parar de pensar por uns meses e fiquei fino! E tu como estás? Como é que estás,pá? Como é que te corre a vida? Ei, a sério, diz lá... Juro que já não tenho nada! Tou novo pá! Ei, onde vais? Ei!!!
Cabrão...

Sob a Alçada da Isabel

Quem nunca começou um livro pelo título que atire a primeira pedra!


Voou, voou, voou...
E ele não perdoou.
Olhou o espelho e sentiu
que não ficou nada do que reflectiu.

It's alright ma, i'm only bleeding.

Quando olhas muito, ficas com os olhos a arder. E o verde absorve as cores todas da paleta. Tanto isso como o passo ritmado, os sapatos que aparecem à vez entre os olhos e a rua. Olho em frente e arde. Quanto mais ando mais arde.

O calmeirão

Hoje é o meu dia de aniversário. Um dos dias mais felizes da minha vida foi um dia de anos, uma vez... e agora sinto-me sempre muito infeliz quando é o meu dia de aniversário. Mas o que eu quero mesmo é mostrá-lo, para depois me poder sentir feliz. Mas então toda a gente começa a ficar chateada comigo e... é uma merda... O que posso fazer? Só queria ser feliz! Ajudem-me!

1 parte - dos 0 aos 21

Ando aqui com uma ideia... Ok, quando somos crianças, todo o amor que temos dentro de nós é basicamente dirijido aos nossos pais. À medida que esse amor se desajusta ás nossas necessidades, começamos a canalizar esse amor para outras pessoas. O sucesso ou não dessa adapatação produz aquilo que é conhecido por adolescência, boa ou má, quase sempre rodeada de desilusões arrasadoras, uma vez que não encontramos a fidelidade a que os nossos pais nos habituaram. Longas conversas sobre a importãncia de ser fiel e sobre o valor absoluto da amizade são frequentes nesta altura, de modo a criar um grupo com uma determinada base de valores. Depois de criada essa base, para quem consegue, segue-se um periodo de intensa "discussão saudável" típica de um grupo de amigos adolescentes, que nada mais é do que um peneirar de valores partilhados. No fim, aquilo a que se chama "amigo para a vida", acaba por ser uma projeção dos nossos pais, ou seja, alguem que teve uma educação idêntica á nossa. Muitos não conseguem passar por nada disto, por uma questão simples de não estarem no espaço e tempo certos para esse fim(nota: sem ovos não se fazem omeletes). Muito bem, quem veio até aqui também não desiste agora... O amor que dedicamos aos amigos, vai, mais cedo ou mais tarde, tornar-se igualmente desajustado e uma nova transferência ocorre. Agora, a pessoa sente-se preparada para dedicar todo o seu potencial de amor a uma única pessoa. A experiência adquirida com as relações de amizade é essencial para se poder projectar essa nova relação com uma identidade própria, ou seja, para reduzir o que realmente está na base de tudo isto: a imitação da imagem parental. Ou, por outras palavras, o ser humano, logo que tem aptidões fisicas para não precisar dos pais, começa a sua jornada pela obtenção de poder. O mesmo poder que tantas vezes lhe foi exercido e que tanto desprezava. Isto é o que se chama tornar-se adulto. A noção desta realidade impede muitos seres de se tornarem efectivamente adultos, já que é impossivel, na minha opinião, ter noção do mal e pratica-lo ao mesmo tempo. Outros, muitos, não conseguem realizar esta complexa transferência de potencial de amor com o sucesso que imaginaram e assumem para o resto da vida que as coisas são mesmo assim e que a comida da mãe nunca há-de ser superável. Outros , confundem isto tudo com sexo quando muito pouco disto é sexual. Normalmente, estes assumem-se sempre como os visionários e (desde a Grécia antiga até Freud) vão adaptando esse sentimento à realidade lexical... Resumindo, as possibilidades são tantas que as combinações entre elas tornam a história de cada um única. Não é possivel prever o destino de cada um porque não havendo repetição de destinos, não há padrão a ser estudado. Sendo possivel, é passivel de te acontecer.